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Ilustração de um caminhão sendo carregado com grãos em uma fazenda

Os desafios do transporte de grãos no Brasil

Tecnologia em gestão de frotas é um aliado crucial para otimizar as operações no transporte de grãos em estradas brasileiras.

O Brasil é um dos maiores produtores de grãos do mundo, responsável por 7,8% da produção global, ficando atrás apenas de grandes economias agrícolas como Estados Unidos, China e Índia.

A safra de 2023/2024 está projetada para alcançar 297,54 milhões de toneladas, com arroz, milho e soja representando 90% desse total. Essa vasta produção gera uma demanda imensa por um sistema de transporte eficiente, capaz de escoar os grãos das fazendas até os portos e centros consumidores.

No entanto, o transporte de grãos no Brasil enfrenta desafios que impactam diretamente a competitividade e o custo das operações logísticas. Produtores, indústrias e transportadoras precisam lidar com questões como infraestrutura deficiente, sazonalidade das colheitas e riscos de roubo de cargas, tornando a gestão do transporte de grãos uma tarefa complexa e desafiadora.

O Blog do Delta vai explorar os principais desafios envolvidos no transporte de grãos no Brasil, destacando o papel crucial do modal rodoviário, que é responsável pela maior parte desse transporte. Vamos entender como funciona esse processo, quais são os obstáculos mais frequentes e como a tecnologia pode ajudar na gestão eficiente de frotas agrícolas.

Como funciona o transporte de grãos no Brasil?

O transporte de grãos no Brasil é realizado por uma combinação de modais, que incluem rodoviário, ferroviário, aquaviário, e, em menor escala, o aeroviário e o dutoviário.

Atualmente, o modal rodoviário é o mais utilizado, respondendo por 61,1% da movimentação de grãos no país. A malha ferroviária transporta 20,7% dos grãos, enquanto o transporte aquaviário representa 13,6%, uma modalidade em crescimento devido ao aumento da navegação em rios brasileiros.

Desse montante, uma grande parte é transportada por caminhões até os portos, principalmente os de Santos (SP), Paranaguá (PR), e os terminais do Arco Norte (Miritituba, Santarém, Itaqui).

Um dado que chama a atenção é o crescimento de 782% no transporte fluvial de grãos em apenas 13 anos. Em 2010, o volume de soja e milho transportado por vias fluviais era de 3,4 milhões de toneladas, número que saltou para 30 milhões de toneladas no último ano. Esse avanço foi impulsionado pela Lei dos Portos de 2013, que modernizou e incentivou o uso das hidrovias.

Apesar do aumento do transporte ferroviário e fluvial, o caminhão ainda é a principal ferramenta de transporte de grãos no Brasil. Isso se deve, em parte, à grande extensão territorial do país e à localização dispersa das zonas produtivas. Como resultado, a dependência do transporte rodoviário coloca a logística de grãos diante de desafios específicos.

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Quais são os principais desafios para o transporte de grãos no Brasil?

Infraestrutura deficiente

A infraestrutura das estradas brasileiras é um dos maiores gargalos para o transporte rodoviário de grãos. A falta de manutenção adequada e as rodovias mal pavimentadas fazem com que o escoamento da produção agrícola seja mais caro e demorado. Transportar grãos em condições precárias pode acarretar perdas, tanto no tempo de entrega quanto na qualidade do produto.

A carência de uma rede logística multimodal é outro problema grave. Embora os transportes ferroviário e fluvial tenham ganhado espaço nos últimos anos, o Brasil ainda sofre com a falta de integração entre esses modais e o rodoviário, obrigando muitas vezes as transportadoras a depender quase exclusivamente dos caminhões.

Custo elevado

O transporte rodoviário, por si só, já representa um custo significativo no processo de distribuição de grãos. No Brasil, os custos com combustível, manutenção de frota e pedágios elevam consideravelmente o preço do frete. Além disso, a extensão territorial do Brasil, um país com dimensões continentais, eleva consideravelmente o custo com transporte de cargas.

Sazonalidade

A sazonalidade da produção de grãos no Brasil gera uma demanda concentrada por transporte em determinados períodos do ano. Durante a colheita de grandes safras como a de soja e milho, a necessidade por caminhões aumenta drasticamente, levando a uma sobrecarga na capacidade de transporte e a elevação do valor dos fretes. Isso exige das transportadoras uma preparação antecipada para atender a esses picos de demanda, o que nem sempre é simples.

Nos meses de menor movimento, por outro lado, o excesso de caminhões disponíveis pode gerar um desequilíbrio no mercado, com a oferta de fretes em queda e consequente pressão sobre a lucratividade das empresas de transporte.

Risco de roubo de cargas

O roubo de cargas é uma ameaça constante no transporte rodoviário de grãos. Devido ao alto valor das commodities como soja e milho, esses produtos são alvos frequentes de quadrilhas especializadas. Além das perdas financeiras, o roubo de cargas pode comprometer a operação logística, gerando atrasos e a necessidade de acionamento de seguros.

Transportadoras precisam investir em medidas de segurança, como rastreamento por GPS e monitoramento em tempo real da frota, para mitigar esses riscos e proteger suas operações.

Condições climáticas

As condições climáticas adversas também representam um desafio significativo no transporte de grãos. Chuvas intensas podem deteriorar a condição das estradas de terra nas regiões rurais, dificultando o acesso aos campos de produção. Em alguns casos, vias ficam completamente intransitáveis, causando atrasos na logística.

O calor excessivo ou as chuvas constantes também podem afetar a qualidade dos grãos, aumentando a necessidade de cuidados específicos durante o transporte, como a proteção adequada das cargas.

Legislação e burocracia

As empresas de transporte de grãos também precisam lidar com uma série de exigências legais e burocráticas. A legislação de trânsito impõe limites de peso por eixo e regras rígidas para o transporte de produtos agrícolas. Além disso, o cumprimento das normas fiscais, como a emissão de notas e romaneios, exige uma gestão eficiente para evitar multas e sanções.

A burocracia no embarque e desembarque das cargas em portos e centros de distribuição também pode gerar atrasos e custos adicionais para as transportadoras.

Como melhorar a gestão no transporte de grãos?

A eficiência no transporte de grãos no Brasil depende de soluções tecnológicas que ajudem a superar os desafios mencionados. Investir em tecnologia para a gestão de frotas, como telemetria e rastreamento em tempo real, pode aumentar a eficiência operacional, reduzir custos e melhorar a segurança no transporte.

O uso de sistemas integrados de gestão de frotas permite um controle preciso sobre as rotas percorridas, o consumo de combustível e a manutenção dos veículos. Além disso, o rastreamento de carga em tempo real garante maior segurança contra roubos, permitindo uma resposta rápida em caso de desvios.

Soluções como o Delta Fleet, o maior e mais completo sistema de gestão de frotas da América Latina, podem ser determinantes para o sucesso das transportadoras no transporte de grãos.

O software combina telemetria, rastreamento e assistência 24 horas em uma plataforma única, intuitiva e assertiva, oferecendo mais eficiência e segurança para a sua frota. Dessa forma, as transportadoras conseguem melhorar o planejamento das rotas, otimizar o uso dos caminhões e garantir a integridade das cargas durante todo o processo logístico.

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