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Malha rodoviária brasileira

Pesquisa da CNT mostra que quase 70% das rodovias no Brasil não estão boas

Levantamento visa oferecer aos transportadores rodoviários elementos para o planejamento de rotas e maior segurança no transporte.

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou recentemente os resultados da 26ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias. De acordo com a pesquisa, aproximadamente 67,5% das rodovias avaliadas foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas.

O levantamento foi realizado em parceria com o Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SEST SENAT) e abrangeu mais de 111 mil quilômetros de rodovias pavimentadas.

Apesar de o cenário mostrar que quase 70% das rodovias brasileiras não estão boas, há uma estabilidade nas condições. No ano passado, 66% das rodovias apresentaram algum problema.

Malha rodoviária brasileira

A pesquisa relevou um cenário preocupante, mas que não é novidade: 78,8% da malha rodoviária brasileira não é pavimentada. O Brasil possui 1,7 milhões de Km de estradas, mas apenas 213,5 mil Km são pavimentados.

Essa realidade é mais grave ao se comparar com outros países. A densidade da malha rodoviária pavimentada no Brasil é de 31,4 Km por 1.000 Km², enquanto que em países vizinhos como Uruguai e Argentina a densidade é de 43,9 e 42,3, respectivamente. Os países com maior densidade são China, com 447, e EUA, com 437,8.

Entre os 111 mil Km de rodovias pavimentadas mapeadas na pesquisa, 76,6% são federais. Elas apresentaram percentuais maiores de avaliações negativas (77,1%) em relação as rodovias concessionadas, que representam 23,4% da extensão pesquisada em 2023 e tiveram 64,1% de avaliação boa ou ótima.

Nos últimos 10 anos, a malha rodoviária federal cresceu apenas 2,5%, mas a frota de veículos subiu 51,2%. Isso revela uma realidade crítica que afeta significativamente o setor de transporte no Brasil.

Melhores rodovias

A mais bem avaliada é a RJ-124, conhecida como Via Lagos, que liga Rio Bonito a São Pedro da Aldeia, com 57 Km de extensão. Trata-se de uma rodovia estadual concedida à concessionária CCR ViaLagos.

ranking das melhores rodovias do Brasil
Melhores rodovias do Brasil
Fonte: 26ª Pesquisa CNT de Rodovias

Piores rodovias

A pior rodovia brasileira pavimentada, segundo levantamento da CNT, é a AM-010, com sobreposição a BR-174. Localizada no Amazonas, liga a capital Manaus à cidade de Itacoatiara. Possui 254 quilômetros de extensão.

Se as melhores rodovias estão na região Sudeste, as piores estão no Norte e Nordeste do Brasil Veja:

piores rodovias brasil
Piores rodovias do Brasil
Fonte: 26ª Pesquisa CNT de Rodovias

Pontos críticos

A análise apontou diversos pontos críticos, incluindo quedas de barreiras, erosões nas pistas, buracos grandes e pontes em condições precárias. Esses problemas na infraestrutura não apenas interferem na fluidez do tráfego, mas também representam riscos à segurança dos usuários, aumentando a possibilidade de acidentes.

Para a CNT, existem 2.684 pontos críticos na malha rodoviária: 207 quedas de barreiras; cinco pontes caídas; 504 erosões nas pistas; 1.803 unidades de coleta com buracos grandes; 67 pontes estreitas; e 62 outros tipos de pontos críticos que possam atrapalhar a fluidez da via.

Impactos

A falta de qualidade nas rodovias tem um impacto direto no setor de transporte de cargas, influenciando o preço do frete. Rodovias em más condições demandam maior consumo de combustível, resultando em custos adicionais para as transportadoras. Isso, por sua vez, reflete no preço final dos produtos para o consumidor.

Além dos custos operacionais elevados, a má condição das rodovias também contribui para um desgaste acelerado dos veículos. A necessidade constante de reparos e manutenção acarreta em despesas adicionais para as empresas de transporte, impactando diretamente na rentabilidade do setor.

Sem rodovias de qualidade, o consumo de combustível fóssil e a emissão de gases também aumentam. Esses prejuízos são calculados no âmbito da sustentabilidade, por meio do desperdício de óleo diesel

CNT, na 26ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias

Importância da gestão de frotas e de manutenção

Em meio ao cenário desafiador das rodovias brasileiras, a importância de investir em uma gestão de frotas eficiente torna-se crucial para as empresas de transporte.

Diante dos desafios apresentados pela pesquisa da CNT, a implementação de tecnologias avançadas, como os serviços de telemetria e gestão de manutenção oferecidos pelo Delta Global, pode representar uma vantagem competitiva significativa.

A telemetria, ao fornecer dados em tempo real sobre o desempenho dos veículos, torna-se uma ferramenta valiosa para as empresas monitorarem o comportamento dos motoristas, o consumo de combustível e a eficiência operacional.

Ao integrar essas informações à gestão de manutenção, é possível antecipar potenciais problemas mecânicos, permitindo a realização de manutenções preventivas e evitando paradas não programadas.

O serviço de gestão de manutenção do Delta Global oferece uma abordagem proativa, identificando padrões de desgaste e agendando intervenções antes que se tornem problemas críticos. Isso não apenas reduz os custos de reparo, mas também aumenta a disponibilidade da frota, otimizando a eficiência operacional.

Ao investir em soluções para a gestão de frotas, as empresas de transporte não apenas mitigam os impactos negativos das condições das rodovias, mas também elevam o nível de segurança, reduzem os custos operacionais e garantem a sustentabilidade a longo prazo.

Essas ferramentas não são apenas tecnologias de vanguarda; são estratégias fundamentais para enfrentar os desafios atuais e posicionar as empresas na vanguarda da eficiência no setor de transporte.

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