Em vez de ser um fardo financeiro, a agricultura regenerativa se revela como um caminho para a sustentabilidade e a lucratividade.
A agricultura regenerativa, muitas vezes associada à sustentabilidade, emerge como um modelo inovador para o agronegócio. Enquanto historicamente houve ceticismo sobre a lucratividade de práticas agrícolas sustentáveis, a agricultura regenerativa surge como uma exceção, redefinindo as normas do setor.
Um equívoco comum é a ideia de que práticas agrícolas sustentáveis sacrificam a lucratividade. No entanto, a agricultura regenerativa, respaldada por estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), demonstra que esse não é o caso.
A abordagem busca não apenas uma produção eficiente, mas também a restauração dos ecossistemas, criando um ciclo virtuoso que beneficia tanto o meio ambiente quanto o resultado financeiro.
Continue a leitura e descubra como é possível aumentar a lucratividade com práticas mais sustentáveis no agronegócio, como a agricultura regenerativa.
Pilares da agricultura regenerativa
Antes de chegar à questão da lucratividade, é preciso entender os princípios da agricultura regenerativa.
Os pilares fundamentais da agricultura regenerativa compreendem o cuidado com o solo, a gestão dos recursos hídricos e a preservação do ecossistema.
Cuidado com o solo
Em relação ao cuidado com o solo, existem algumas práticas essenciais vinculadas à agricultura regenerativa, como: diversificação de culturas e redução de fertilizantes químicos.
Gestão da água
Uma melhor gestão dos recursos hídricos pode incluir práticas como a retenção de água no solo, a captura de água da chuva e o uso de sistemas de irrigação eficientes.
Manutenção do ecossistema
A agricultura regenerativa incentiva sistemas em que animais e plantas interagem de maneira complementar. Por exemplo, a rotação de culturas com pastoreio controlado pode melhorar a fertilidade do solo e reduzir a necessidade de insumos externos.
Essas práticas, quando combinadas, não apenas elevam a produtividade, mas também restauram e mantêm a saúde dos solos, essenciais para um sistema agrícola sustentável.
Lucratividade com agricultura regenerativa
Embora haja um mito de que práticas sustentáveis podem ser financeiramente desafiadoras, há evidências crescentes de que abordagens regenerativas podem ser economicamente viáveis e até mesmo mais rentáveis a longo prazo.
Mais produtividade e eficiência
Contrariando preconceitos, pesquisas da Embrapa indicam que a agricultura regenerativa pode elevar a produtividade de grãos em até 20% e dobrar a produção de proteína animal por área no Brasil.
Ao se aplicar práticas como a cobertura vegetal, reciclagem de recursos e implementação de
soluções naturais, restauram-se e mantêm-se os sistemas de produção agrícola. Ou seja, menos terra para produção, mas mantendo a eficiência.
Venda de créditos de carbono
Ao adotar métodos que valorizam a biodiversidade e serviços ecossistêmicos, as empresas não só contribuem para um planeta mais saudável, mas também colhem benefícios financeiros tangíveis.
Uma das práticas é o sequestro de carbono – capacidade de capturar e armazenar o carbono atmosférico no solo -, que contribui para a mitigação das mudanças climáticas.
A captura do carbono pode ser feita por meio do cultivo mínimo, plantio direto e agroflorestas. Depois, pode ser vendido no crescente mercado de créditos de carbono, aumentando a lucratividade das empresas.
Aumento da qualidade do solo
A rotação de culturas, especialmente quando combinada com a integração de plantas fixadoras de nitrogênio, pode melhorar a qualidade do solo, promover a biodiversidade e aumentar a quantidade de carbono orgânico no solo.
Redução de insumos externos
A agricultura regenerativa reduz a dependência de agroquímicos e insumos externos, traduzindo-se em economias significativas.
Com o foco na saúde do solo, os agricultores têm menos necessidade de adubos químicos e defensivos agrícolas, contribuindo para uma produção mais sustentável e econômica.
Proteção contra crises
Em tempos de crises, como a Guerra Russia-Ucrânia que afetou o mercado de fertilizantes, os sistemas regenerativos são menos afetados por causa da baixa dependência de insumos externos.
No caso das crises climáticas, como secas ou inundações, sistemas agrícolas regenerativos são mais resilientes. Em anos de El Niño, como 2023, esses sistemas ajudam a mitigar riscos e a manter a consistência na produção.
Pastos de alta qualidade
O manejo adequado do pastoreio, movendo o gado em padrões específicos, pode estimular o crescimento da vegetação e promover a saúde do solo, resultando em pastos de alta qualidade. Logo, rende produtos com maior valor agregado.
Utilizando tecnologia para aumentar o lucro
A tecnologia desempenha um papel crucial no aumento da lucratividade na agricultura regenerativa.
O monitoramento e rastreamento por meio de telemetria de máquinas agrícolas e GPS, por exemplo, são ferramentas essenciais. Essas tecnologias permitem uma gestão mais precisa e eficiente, otimizando o uso de recursos como água e fertilizantes.
Ao adotar práticas que alinham a tecnologia à sustentabilidade, as empresas podem impulsionar a eficiência e a lucratividade. A automação de processos, a análise de dados em tempo real e a aplicação de soluções digitais contribuem para a maximização dos resultados financeiros.
A tecnologia não é apenas uma aliada na implementação das práticas regenerativas, mas também uma impulsionadora direta da lucratividade no agronegócio.
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